O que é abuso sexual
(violência) e exploração sexual contra criança e adolescentes? É quando alguém
de mais idade faz uso do corpo de uma criança ou de um adolescente, buscando
sentir prazer sexual. Essa violência pode se expressar de duas formas: a
agressão e o abuso sexual.
O agente agressor faz uso da coação física ou
psicológica no primeiro caso, como no estupro, já no segundo caso o agressor
seduz a criança, como é o caso do pedófilo pra pode praticar o sexo, podendo
ocorrer tanto em meninos como meninas. Aquilo que acontece é tão terrível que não
pode ser falado, toma uma proporção enorme e é mais difícil de ser elaborado
como uma parte da vida. Segue assim, interferindo em todas as áreas do
funcionamento do individuo (escola, família, relacionamento).
O agressor, geralmente é
uma pessoa conhecida em que se confia, mas também pode ser um desconhecido. O
Abuso acontece muitas vezes dentro de casa, no ambiente familiar, através do
pai, do padrasto, do irmão ou outro parente familiar qualquer, esse fato
dificulta ainda mais que a criança fale sobre o ocorrido com medo de sofrer
ameaças por parte do agressor. Faz com que a criança não mantenha interação com
familiares, amigos ou mesmo na escola (tem dificuldade para adquirir
conhecimentos), podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, nas
reações emocionais utilizadas para sobreviver à avassaladora agressão do abuso.
As crianças passam a criar
uma imagem distorcida do corpo e problemas relacionados, tais como medo de
tomar banho com outros, medo de outros verem-na despida, muitas vezes chegam a
usar várias camadas de roupas para esconder o corpo.
Pode também paralisar o
desenvolvimento emocional e a evolução da capacidade progressiva para resolver
de forma independente os problemas do dia-a-dia e lidar com suas próprias
angustias.
Geralmente em todos os
casos, a criança e adolescente que vivenciam uma situação de violência sexual,
demonstram sentimentos de culpa, como se fossem responsáveis pelo abuso que
sofreram. Ainda existe um sentimento muito comum com essas crianças que é o
medo das ameaças sofridas, a insegurança relacionada a uma incerteza de que não
serão acreditadas.
Por tanto, dentre os
sintomas psicológicos existem as sequelas físicas: dor abdominal crônica,
enurese, infecção recorrente do trato urinário, corrimento vaginal, erupção nos
genitais, danos anogenital, queixa anal, dificuldade para sentar, muitas idas
ao banheiro, fissuras e constipação.
Os sintomas ao longo dos
tempos, para criança/adolescentes/adultos abusados sexualmente são:
comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento
(comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do
mesmo meio sócio cultural), comportamento excessivamente sexualizado ou
erotizado, promiscuidade sexual, homossexualidade, disfunções sexuais, aversão
a sexo, comportamento impulsivo (sexual, abuso de álcool/drogas), conduta auto
mutilatória (cortar-se, queimar-se, fincar-se, até tentativa de suicido), fuga
de casa, depressão, transtorno de contuda (mentira, roubo, violência fisica ou
sexual), sintomas dissociativos (como amnesia), isolamento afetivo (parece
indiferente, anestesiada frente aos eventos da vida); dificuldade de
aprendizagem, fobias, isolamento social, ansiedade, transtornos do sono e
alimentação (obesidade, anorexia, bulimia).
Assim, para prevenção do
abuso sexual infantil deve-se começar logo nos primeiros anos com o esclarecimento da criança sobre o seu
corpo e sua sexualidade. É preciso que a
criança esteja segura para dizer “não”,
quando alguém de mais idade quiser tocar determinadas partes de seu corpo. O
pais precisam estar atentos para saber quem esta ficando com seus filhos em
casa ou nos momentos de lazer, mas mães ou pais que tem filhos que não são do cônjuge atual tem que estar atento (a)
para as possíveis abordagens.
É importante criar o
hábito de conversar com filhos e filhas, onde eles possam sentir-se a vontade
para conversarem tudo que quiserem, e principalmente sobre algo que lhes
provoquem tanto medo. Nesse caso há necessidade de carinho e o respeito,
escutando o que eles dizem, como também
é necessário atenção nos comportamentos e nas atitudes, quando denotam o que
estão sofrendo, para que, conversando com eles, possamos evitar atos violentos
por parte de quem deveria protege-los e respeitá-los.
Fonte: Giovanna Mello - Psicológa