quarta-feira, 6 de junho de 2012

ABUSO SEXUAL INFANTIL


O que é abuso sexual (violência) e exploração sexual contra criança e adolescentes? É quando alguém de mais idade faz uso do corpo de uma criança ou de um adolescente, buscando sentir prazer sexual. Essa violência pode se expressar de duas formas: a agressão e o abuso sexual.

O agente agressor faz uso da coação física ou psicológica no primeiro caso, como no estupro, já no segundo caso o agressor seduz a criança, como é o caso do pedófilo pra pode praticar o sexo, podendo ocorrer  tanto em meninos como meninas.  Aquilo que acontece é tão terrível que não pode ser falado, toma uma proporção enorme e é mais difícil de ser elaborado como uma parte da vida. Segue assim, interferindo em todas as áreas do funcionamento do individuo (escola, família, relacionamento).

O agressor, geralmente é uma pessoa conhecida em que se confia, mas também pode ser um desconhecido. O Abuso acontece muitas vezes dentro de casa, no ambiente familiar, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente familiar qualquer, esse fato dificulta ainda mais que a criança fale sobre o ocorrido com medo de sofrer ameaças por parte do agressor. Faz com que a criança não mantenha interação com familiares, amigos ou mesmo na escola (tem dificuldade para adquirir conhecimentos), podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, nas reações emocionais utilizadas para sobreviver à avassaladora agressão do abuso.

As crianças passam a criar uma imagem distorcida do corpo e problemas relacionados, tais como medo de tomar banho com outros, medo de outros verem-na despida, muitas vezes chegam a usar várias camadas de roupas para esconder o corpo.

Pode também paralisar o desenvolvimento emocional e a evolução da capacidade progressiva para resolver de forma independente os problemas do dia-a-dia e lidar com suas próprias angustias.

Geralmente em todos os casos, a criança e adolescente que vivenciam uma situação de violência sexual, demonstram sentimentos de culpa, como se fossem responsáveis pelo abuso que sofreram. Ainda existe um sentimento muito comum com essas crianças que é o medo das ameaças sofridas, a insegurança relacionada a uma incerteza de que não serão acreditadas.

Por tanto, dentre os sintomas psicológicos existem as sequelas físicas: dor abdominal crônica, enurese, infecção recorrente do trato urinário, corrimento vaginal, erupção nos genitais, danos anogenital, queixa anal, dificuldade para sentar, muitas idas ao banheiro, fissuras e constipação.

Os sintomas ao longo dos tempos, para criança/adolescentes/adultos abusados sexualmente são: comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento (comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio cultural), comportamento excessivamente sexualizado ou erotizado, promiscuidade sexual, homossexualidade, disfunções sexuais, aversão a sexo, comportamento impulsivo (sexual, abuso de álcool/drogas), conduta auto mutilatória (cortar-se, queimar-se, fincar-se, até tentativa de suicido), fuga de casa, depressão, transtorno de contuda (mentira, roubo, violência fisica ou sexual), sintomas dissociativos (como amnesia), isolamento afetivo (parece indiferente, anestesiada frente aos eventos da vida); dificuldade de aprendizagem, fobias, isolamento social, ansiedade, transtornos do sono e alimentação (obesidade, anorexia, bulimia).

Assim, para prevenção do abuso sexual infantil deve-se começar logo nos primeiros anos  com o esclarecimento da criança sobre o seu corpo e sua sexualidade. É preciso  que a criança  esteja segura para dizer “não”, quando alguém de mais idade quiser tocar determinadas partes de seu corpo. O pais precisam estar atentos para saber quem esta ficando com seus filhos em casa ou nos momentos de lazer, mas mães ou pais que tem filhos que não são  do cônjuge atual tem que estar atento (a) para as possíveis abordagens.

É importante criar o hábito de conversar com filhos e filhas, onde eles possam sentir-se a vontade para conversarem tudo que quiserem, e principalmente sobre algo que lhes provoquem tanto medo. Nesse caso há necessidade de carinho e o respeito, escutando o que eles  dizem, como também é necessário atenção nos comportamentos e nas atitudes, quando denotam o que estão sofrendo, para que, conversando com eles, possamos evitar atos violentos por parte de quem deveria protege-los e respeitá-los.


Fonte: Giovanna Mello - Psicológa