O ato de duas pessoas se
conhecerem, namorarem e casarem faz parte do desenvolvimento humano. Porém,
muitas vezes o casal é composto por duas pessoas que têm enraizadas em si
costumes, tradições, valores e rotinas muito diferentes uma da outra, e são
justamente essas diferenças as responsáveis pela grande maioria dos problemas
de relacionamento e os conflitos familiares.
Alguns casais quando passam a
conviver sob o mesmo teto até conseguem estabelecer limites e acordos para que
um respeite as idéias e os princípios do outro. O problema é que quando
casamos, não casamos apenas com uma pessoa, mas sim com uma família que inclui
pai, mãe, irmã, cunhado, cunhada, sogro, sogra e etc.
Culturalmente é sabida a
dificuldade que muitas noras e sogras têm de se relacionar. Algumas passam a
vida trocando farpas, outras não conseguem conversar e conviver no mesmo lugar
e há até algumas que abandonam o relacionamento por conta da interferência
constante da sogra na vida do casal.
Entre os principais motivos de intrigas
e dificuldades nesse relacionamento, pode-se destacar o fato da nora ver a
sogra como rival, a mãe ter a sensação de aquela outra mulher está lhe tirando
o filho, a disputa pelo poder sobre aquele homem, a dificuldade em aceitar e
conviver com as diferenças de opinião, a necessidade de atenção e o ciúme
excessivo.
Família é a coisa mais complexa do
mundo e dificuldades de relacionamento
podem vir de qualquer parte, seja sogra/nora, sogro/nora, sogro/sogro,
cunhada/nora, e inúmeras outras possibilidades. Cada qual deve saber o seu
próprio papel e seus limites, aprendendo a tolerar e a valorizar a felicidade
de cada membro da família. Assim, mãe é mãe, esposa é esposa, são amores e
relações completamente diferentes, tornando totalmente desnecessárias qualquer
tipo de disputa.
Na verdade, todas as mães (e pais)
tem que ter a humildade para compreender que os filhos um dia crescerão, sairão
de casa e terão sua própria família. É o curso natural da vida e é algo que as
sogras complicadas não conseguiram interiorizar. Da parte das noras, se elas
também forem dominadoras e possessivas, então realmente esse relacionamento vai
ser muito complicado, pois elas estarão sempre disputando a atenção e o amor
exclusivo do homem. As noras também podem ser inseguras e excessivamente
ciumentas, fazendo de tudo para tornar a convivência insuportável a ponto da
sogra se retirar de cena. Nem sempre a “megera” é a sogra!
Mesmo que os pais sejam daqueles
que querem manter o filho debaixo das asas e que se intrometem em tudo, é
preciso que ele mesmo assuma sua liberdade de escolha, sua independência e
passe a viver conforme seus próprios desejos, limitando a interferência
familiar, não tomando partidos e deixando bem claro para cada uma o papel
delas.
As famílias de origem podem estar
por perto, mas devem oferecer um espaço de companheirismo, amor e apoio, sem
intrusões e críticas, onde o novo casal
possa construir sua nova vida de forma saudável, baseada na aceitação e no
respeito às diferenças. Ou seja, as famílias não precisam se casar entre si, o
que se faz necessário é manter o respeito mútuo, de modo que a harmonia
prevaleça.
Se mesmo assim a convivência for
conturbada, seja entre sogra e nora ou entre quaisquer outros membros da
família, vale experimentar a Terapia Familiar, tentando encontrar soluções e
respostas para tanta inimizade, podendo até mesmo chegar a acordos que tornam
tudo mais harmônico ou pelo menos tolerável.
Fonte: www.amandacarvalho@patriciaesperta.com.br) e Milena Lhamo (terapeuta floral)