terça-feira, 24 de abril de 2012

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS


Psicossomática é o estudo das relações entre as emoções e os males do corpo, baseia-se na observação de que estresses psicológicos e sócio-culturais podem desempenhar um papel na predisposição, inicio curso e resposta ao tratamento de algumas alterações fisiológicas e distúrbios orgânicos.

A culpa, o medo, a tensão do dia-a-dia, não podem ser medidos, mas podem ser tão patogênicos quanto um vírus.

Doenças psicossomáticas são doenças físicas provocadas por um estado emocional alterado e prolongadas. O corpo faz esforços constantes no sentido de conservar-se em equilíbrio. Se a tensão e outros fatores desequilibrarem a gangorra, o corpo vai buscar uma adaptação através de alterações em sua química, que poderá ser danosa para o resto do organismo, levando ao que se denomina de moléstias de adaptação. A doença pode surgir quando o individuo esta sob tensão, como já dissemos, e algumas das fontes é a alteração externa. Acontecimentos importantes na vida particular, bons ou maus, podem torná-lo vulnerável as doenças. Comoção social, pressões de guerra, tensões no trabalho, ritmo acelerado da vida cotidiana, morte na família, separações, desemprego: Todos esses estados são acompanhados de altos indicies de moléstias. 

Praticamente todas as doenças apresentam componentes emocionais, exceto as manifestações patológicas estritamente hereditárias, como por exemplo, a hemofilia, a anemia falciforme. Também não se colocam entre as moléstias psicossomáticas as causadas por fatores de meio ambiente, intoxicações alimentares, moléstias profissionais (LER) e intoxicações por poluição. Mas é possível, contudo, que mesmo nesses casos, o nível de danos seja aumentado em decorrência da tensão psíquica, já que o estado emocional da vítima frequentemente ajuda a determinar o curso da doença.

Algumas características de personalidades fazem com que as pessoas fiquem sujeitas as doenças psicossomáticas, como por exemplo: 

Amidalite: (inflamação na garganta) Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

Anorexia: Ódio ao extremo de si.

Apendicite: Medo da Vida, bloqueio do fluxo de que é bom.

Artrite Crítica: mantida por muito tempo.

Asma: Sentimento contido, choro reprimido.

Bronquite: Ambiente Familiar inflamado, gritos, discussões.

Câncer: Mágoa profunda, tristeza mantida por muito tempo.

Colesterol: Medo de aceitar a alegria.

Derrame: Resistência, Rejeição a vida.

Diabetes: Tristeza Profunda.

Dor de cabeça: Auto-crítica falta de valorização.

Dor de Joelhos: Medo de Recomeçar, medo de seguir em frente.

Enxaqueca: Raiva deprimida, pessoa perfeccionista.

Frigidez: Medo, negação do prazer.

Gastrite: Incerteza profunda, sensação de condenação.

Hepatite: Raiva, Ódio, Resistência a mudanças.

Insônia: Medo, culpa.

Labirintite: Medo de não estar no controle.

Meningite: Tumulto interior, falta de apoio.

Nódulos: Ressentimento, frustração, Ego ferido.

Pneumonia: Desespero, cansaço da vida.

Pressão Alta: Problema Pessoal duradouro não resolvido.

Pressão Baixa: Falta de amor quando criança

Porque se apresentam alguns sintomas e não outros? Porque o organismo se altera de maneiras diferentes sob a influencia da tensão emocional. 
Os filhos também podem se fixar em sintomas semelhantes ao do pai e da mãe. E também pode existir uma culpa em decorrência de sentimentos relativos aos pais que podem influir na escolha de sintomas. 
São sentimentos reprimidos e que ficam ao nível do inconsciente. Mas a repressão pode enganar a mente, mas não ao corpo, que reage aos processos inconscientes, se expressando por uma linguagem fisiológica para se defender da confusão intima. Por isso a psicoterapia tem sido uma excelente auxiliar no tratamento e prevenção das doenças, pois tem a finalidade de tornar consciente aquilo que tenha sido anteriormente inconsciente, possibilitando ao paciente a solução das dificuldades com o auxilio da mente racional e consciente. O psicólogo procura compreender quais os mecanismos usados pelo paciente que estão prejudicando a sua saúde. Ele vê o paciente como um todo, sabe do efeito negativo das emoções alteradas, nas moléstias do corpo. Procura escutar o paciente, se envolve com os sentimentos dele, o compreendendo e o ajudando.

As pessoas adoecem tanto porque a maioria das perturbações psicossomáticas proporciona á vítima um ganho secundário inconsciente que serve para perpetuar a perturbação. 


Fonte: Tratado de Psiquiatria - Cap. 15 de autoria do Dr. Tray L. ThaompsonI

4 comentários:

  1. Artigo super interessante e verdadeiro. Quando me sinto ansiosa e aflita, meus ombros e costas comecam a doer na hora... estah mesmo tudo interligado. Sou super a favor de um tratamento psicologico para equilibrar toda essa parte. Pena que muitas pessoas ainda resistem a isso...

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    1. Maravilhoso, esse artigo!!! Tenho certeza que muitas pessoas irão se identificar e sentir que não estão sozinhas. Mesmo que não postarem suas opiniões ou vivências aqui, irão sentir-se mais fortes e encorajadas a buscar auxílio. Mas se postarem, será uma troca maravilhosa... É incrível como cada sintoma tem uma ligação com aquilo que estamos vivendo, sentindo ou passando no momento. Vou copiar a listinha acima. Beijo, Giovanna!!!
      Vou recomendar para que mais pessoas leiam e possam se ajudar!

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  2. Preciso acreditar que todas as minhas dores são psicossomáticas, pois estou vivendo um inferno na terra.
    Já realizei vários exames e não dá nenhum resultado ruim sobre minha saúde, mas meu psicológico cria medos, sessões de frustração, prostração, dores, angustias entre outros.

    Tenho medo do convívio social, de trabalhar, de seguir em frente.
    Enfim, acredito que a mente tem pleno poder sobre o corpo.

    Grato pelo artigo e por esclarecer algumas duvidas.

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  3. Realmente, quando tenho minhas emoções reprimidas, ou deixo de dizer algo mesmo que seja assertivamente, fico muito mal.Excelente artigo.

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