quarta-feira, 18 de julho de 2012

LIÇÃO DE CASA


Ouvimos falar muito sobre a preocupação dos pais que os filhos não se interessem em fazer a lição de casa. Isso geralmente gera um grande conflito entre pais e filhos.



Hoje em dia nossas crianças estão em uma geração diferente da que fomos criados. Para nós a escola era algo muito importante e levávamos isso como uma grande responsabilidade, e éramos punidos se levássemos bilhetes da professora para casa ou alguma nota vermelha.

Para os alunos de hoje o interesse pela escola é mais difícil com tantos outros meios de entretenimento, a escola acaba se tornando algo pacato para eles. A maioria das crianças atualmente são mais agitadas, mais ativas não de forma geral sendo corporalmente, mas sim emocionalmente, algumas não conseguem ficar muito tempo sentada sem que esteja em frente a televisão, cheia de desenhos e movimentos, como pode um professor querer competir com algo “tão legal” como a televisão.

Resistência em realizar as lições de casa é comum em muitas crianças. Precisamos de uma bagagem extra de paciência e persistência. Não podemos perder o controle das nossas emoções e repreender a criança com gritos, palavras e frases do tipo: “Você é um (a) preguiçoso (a) mesmo!”, “Você não tem jeito, você é burro (a)...” Estas atitudes só irão prejudicar o relacionamento com a criança e prejudicar seu processo de aprendizagem.


Quando a criança começar a dizer que não sabe, devemos reforçar justamente o contrário, dizendo: Você sabe, você é inteligente... 

Não fique nervosa (o), não discuta... Diga: Eu confio em você e sei que você vai fazer. Se você tiver dúvidas, eu te ajudo, mas sei que você consegue... E você vai apenas perguntando se ela já fez, vai lembrando que ela precisa fazer, e que se precisar de ajuda, você está com ela para auxiliá-la. Quando ela fizer sozinha, mostre o quanto você ficou feliz, faça muitos elogios, dizendo: Está vendo como você consegue... Muito bem, está ótimo, isso mesmo, eu confio em você... Com o tempo a criança vai fazendo com gosto porque vai estar mais confiante, vai sentindo-se capaz... É recomendável usar sempre palavras positivas como, “você consegue”, “você é capaz...”

É importante focar nas coisas boas, no que a criança faz de bacana e reforçar.
Muitas vezes a criança pode oferece resistência em realizar as atividades de casa por sentir necessidade da presença de um adulto ao seu lado, ou seja, ela quer atenção... Pode ser que ela até saiba, mas faz birra para ver se consegue atenção.

Precisamos estar atentos a todas essas situações e necessidades da criança para podermos mediar positivamente o aprendizado e acompanhar de forma produtiva o seu desenvolvimento intelectual.

O ambiente onde é realizada a lição de casa é outro fator de suma importância. Televisão ligada, pessoas ao redor conversando, rádio ligado, horário das refeições, são momentos totalmente impróprios para essa prática.

A realização das lições de casa deve ocorrer em um ambiente tranquilo, claro, aconchegante. Uma mesa limpa e materiais necessários à mão da criança, efetivamente contribuem para o sucesso da realização das atividades. E é claro, muito amor e paciência para auxiliar no que for preciso, sem esquecer que quem deverá realizar a lição é a criança e não o adulto. 



Fonte: Psicopedagoga Ione Iracy dos Santos Oliveira 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

ABUSO SEXUAL INFANTIL


O que é abuso sexual (violência) e exploração sexual contra criança e adolescentes? É quando alguém de mais idade faz uso do corpo de uma criança ou de um adolescente, buscando sentir prazer sexual. Essa violência pode se expressar de duas formas: a agressão e o abuso sexual.

O agente agressor faz uso da coação física ou psicológica no primeiro caso, como no estupro, já no segundo caso o agressor seduz a criança, como é o caso do pedófilo pra pode praticar o sexo, podendo ocorrer  tanto em meninos como meninas.  Aquilo que acontece é tão terrível que não pode ser falado, toma uma proporção enorme e é mais difícil de ser elaborado como uma parte da vida. Segue assim, interferindo em todas as áreas do funcionamento do individuo (escola, família, relacionamento).

O agressor, geralmente é uma pessoa conhecida em que se confia, mas também pode ser um desconhecido. O Abuso acontece muitas vezes dentro de casa, no ambiente familiar, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente familiar qualquer, esse fato dificulta ainda mais que a criança fale sobre o ocorrido com medo de sofrer ameaças por parte do agressor. Faz com que a criança não mantenha interação com familiares, amigos ou mesmo na escola (tem dificuldade para adquirir conhecimentos), podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, nas reações emocionais utilizadas para sobreviver à avassaladora agressão do abuso.

As crianças passam a criar uma imagem distorcida do corpo e problemas relacionados, tais como medo de tomar banho com outros, medo de outros verem-na despida, muitas vezes chegam a usar várias camadas de roupas para esconder o corpo.

Pode também paralisar o desenvolvimento emocional e a evolução da capacidade progressiva para resolver de forma independente os problemas do dia-a-dia e lidar com suas próprias angustias.

Geralmente em todos os casos, a criança e adolescente que vivenciam uma situação de violência sexual, demonstram sentimentos de culpa, como se fossem responsáveis pelo abuso que sofreram. Ainda existe um sentimento muito comum com essas crianças que é o medo das ameaças sofridas, a insegurança relacionada a uma incerteza de que não serão acreditadas.

Por tanto, dentre os sintomas psicológicos existem as sequelas físicas: dor abdominal crônica, enurese, infecção recorrente do trato urinário, corrimento vaginal, erupção nos genitais, danos anogenital, queixa anal, dificuldade para sentar, muitas idas ao banheiro, fissuras e constipação.

Os sintomas ao longo dos tempos, para criança/adolescentes/adultos abusados sexualmente são: comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento (comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio cultural), comportamento excessivamente sexualizado ou erotizado, promiscuidade sexual, homossexualidade, disfunções sexuais, aversão a sexo, comportamento impulsivo (sexual, abuso de álcool/drogas), conduta auto mutilatória (cortar-se, queimar-se, fincar-se, até tentativa de suicido), fuga de casa, depressão, transtorno de contuda (mentira, roubo, violência fisica ou sexual), sintomas dissociativos (como amnesia), isolamento afetivo (parece indiferente, anestesiada frente aos eventos da vida); dificuldade de aprendizagem, fobias, isolamento social, ansiedade, transtornos do sono e alimentação (obesidade, anorexia, bulimia).

Assim, para prevenção do abuso sexual infantil deve-se começar logo nos primeiros anos  com o esclarecimento da criança sobre o seu corpo e sua sexualidade. É preciso  que a criança  esteja segura para dizer “não”, quando alguém de mais idade quiser tocar determinadas partes de seu corpo. O pais precisam estar atentos para saber quem esta ficando com seus filhos em casa ou nos momentos de lazer, mas mães ou pais que tem filhos que não são  do cônjuge atual tem que estar atento (a) para as possíveis abordagens.

É importante criar o hábito de conversar com filhos e filhas, onde eles possam sentir-se a vontade para conversarem tudo que quiserem, e principalmente sobre algo que lhes provoquem tanto medo. Nesse caso há necessidade de carinho e o respeito, escutando o que eles  dizem, como também é necessário atenção nos comportamentos e nas atitudes, quando denotam o que estão sofrendo, para que, conversando com eles, possamos evitar atos violentos por parte de quem deveria protege-los e respeitá-los.


Fonte: Giovanna Mello - Psicológa 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

DESENVOLVIMENTO INFANTIL ATRAVÉS DO JUDO


É muito comum ver pais matricularem seus filhos no Judô, pois acreditam  que por ser uma arte marcial japonesa, a criança será formada com valores como respeito, integridade, disciplina, etc.


Está correto, mas também é preciso atenção. Não basta o filho estar tendo aulas de judô, para achar que ele se tornará outra pessoa. A educação da criança deve ser o mais uniforme possível tanto em sua escola como em sua casa e em seu dojo (local de treino). Às vezes, basta um exemplo aparentemente inocente dado pelos pais que a criança copia e aprende de modo equivocado. Além disso, a grande vantagem do judô para as crianças não é o fato de ser uma arte marcial japonesa com seus conceitos rígidos, mas outros muito mais importantes.

Segundo Piaget – cientista que estudou os estágios de desenvolvimento infantil – a criança passa por algumas fases durante o seu crescimento. Normalmente quando matriculadas no Judô, as crianças encontram-se na fase que Piaget chama de Estágio Pré-Operatório (entre 2 e 7 anos de idade). Esta fase é também chamada de fase intuitiva, e é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, e é nesta fase que a criança usa a estratégia do jogo simbólico para organizar e compreender o mundo, além de usar o jogo para livrar-se de algumas angústias.

No jogo simbólico, a criança fantasia a realidade. Diz que seu carrinho de brinquedo é uma nave espacial, e que seu boneco tem superpoderes. Diz que duas pedras no chão é a base secreta, e se passa uma formiga, é um dinossauro gigante. Tudo isso faz muito sentido para a criança, apesar de que, as vezes para os adultos, é uma fantasia irrelevante.

O judô trabalha muito com jogos simbólicos. É durante o treino que a criança cria certas fantasias para poder entender um golpe, entender a sua relação com a outra criança, entender que ás vezes ela pode machucar o outro. Muitas vezes, a criança acha que o Judogi (kimono) é uma armadura que lhe dá poderes, e com isso, ela se sente capaz de usar o corpo para realizar os movimentos aprendidos, e assim, desenvolver sua capacidade motora.

Nessa fase do desenvolvimento infantil, a criança normalmente é egocêntrica, de modo que não consegue colocar-se no lugar de outra de maneira abstrata. O Judô trabalha isso com os jogos, as lutas e principalmente com a graduação. À medida que a criança cresce, ela se gradua, e ela percebe que deve ser exemplo para as crianças menos graduadas, que vão seguir o mesmo caminho que ela seguiu.

O respeito pelo outro é trabalhado no judô tanto através da graduação, onde a criança mais graduada percebe que deve ser exemplo, e a menos graduada percebe que deve respeitar tanto o professor como as crianças mais graduadas, como também é desenvolvido através do treino. Uma técnica pode machucar, e por isso, não deve ser aplicada para machucar o colega de treino. A criança aprende que ultrapassar os limites do seu próprio corpo pode significar machucar um amigo, e por isso, é preciso desenvolver um auto-controle.

Os jogos tem outro papel importante nesta fase do desenvolvimento: para a criança, o jogo não é apenas uma brincadeira, mas é um modo de organizar o mundo e entender qual o seu papel nesse mundo. Por isso, muitas vezes a criança não aceita a derrota com facilidade. Ás vezes cria estratégias nos jogos para modificar as regras e sair sempre vencendo, pois a derrota afeta sua auto-estima.

O judô infantil no Brasil trabalha com o sistema de festivais, ou seja, são torneios em que todos são premiados, podem ter medalhas diferenciadas, mas todos recebem. Pois o intuito é mostrar aquela criança que “perdeu”, que precisa dedicar-se mais aos treinos, sem traumatizar. Esse é o papel que o professor faz, o resgate da confiança e auto-estima.

Fonte: http://www.judoctj.com.br/o-desenvolvimento-infantil-atraves-do-judo/

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A CONSTRUÇÃO DA AUTO ESTIMA

Sábado dia 12 de maio fui na reunião de escola da minha filha . A professora dela, sempre que há reuniões ela nos dá um texto para refletir, e o texto desta reunião, achei muito interessante e resolvi postar aqui para dividir com vocês. Espero que gostem!!





O ato de educar não deve se limitar à mera transmissão de conhecimentos, mas também ajudar a criança na formação de sua autoimagem, possibilitando o desenvolvimento de atitudes positivas que contribuam para a construção de sua individualidade e sociabilidade.

Será que nós, pais, professores e adultos em geral, estamos realmente preparados para educar crianças? Estamos exercendo, de forma adequada, nossa função de educadores?

Bem lá no nosso íntimo, quantas vezes nos sentimos inadequados! Possuímos o título de educadores, mas exercemos a função com insegurança. Preocupamo-nos em ser bons transmissores de conhecimentos, bons cobradores de hábitos sociais e desvalorizamos o trabalho humanístico de construção de pessoas. Qual, então, deveria ser a tarefa mais importante dos educadores? 

Acredito que, ao lado do ensino, podemos ajudar as crianças a gostarem de si mesmas, procurando comunicar-lhes que são seres humanos, dignos de respeito e consideração, que conviver com elas é um prazer, pois são pessoas cujos sentimentos e idéias têm importância. Aos invés de ficarmos parados em sentimentos de culpa, por não canalizar nossas energias para  a busca de meios adequados de educação?

Será que nos preocupamos com a maneira como estamos nos relacionando com nossos educandos? Paramos para pensar quantas vezes somos autoritários no nosso convívio com eles? Muitas vezes, quando reivindicam algo, os menosprezamos e ridicularizamos. Desvalorizar e depreciar os sentimentos das crianças com atitudes impacientes demonstram a elas que não merecem ser ouvidas e consideradas. Acusar, fazer julgamentos, ironizar não podem ser atitudes comuns e naturais nossas.

Crianças não têm referências clara de sua individualidade e são influenciadas na maneira pela qual são vistas e tratadas pelos adultos. ao usarmos  palavras que as valorizam, estamos criando pessoas afetuosas, que se respeitam e que respeitam os outros. Além de dizer com palavras o quanto as amamos e as admiramos, podemos, também,demonstrar com isso nossos gestos e atitudes. O importante é o quanto elas se sentem queridas e respeitadas.

A criança  só poderá sentir seu valor e amor-próprio quando possuir esse sentimento genuíno de estima. A autoestima é construída a partir da  referência recebida dos adultos mais próximos. Quando adulta essa criança  só poderá amar seus semelhantes se tiver aprendido a amar a si mesma

Se a criança não teve experiências  positivas no inicio da vida, com seus pais, quem sabe será na escola, através de um professor ou colega que ela construirá uma autoimagem positiva e de confiança no seu potencial. Qualquer situação da vida que leve a criança a se sentir mais valorizada, alimenta sua autoconfiança.

A criança  que esta construindo  sua autoestima é muitas vezes uma criança tímida e isso dificulta o nosso trabalho de ajudá-la. 

O tímido é um perfeccionista, alguém que se cobra de forma permanente. O pavor do desacerto consegue tirar-lhe a serenidade e a aceitação de si mesmo. E, a medida que fracassa, se impõe um ideal de perfeição cada vez mais inacessível e tudo isso influi na construção da autoestima.

De que forma podemos ajudar nossas crianças? Por exemplo, incentivando-a a assumir pequenos riscos e se aceitar como alguém suscetível a erros e que não precisa ser admirado e perfeito o tempo todo; fazendo-o aceitar (e acreditando) no seu valor pessoal; valorizando com ele os triunfos alcançados, mesmo os pequenos e, por fim, levando-o a aceitar (e aceitando) seus possíveis fracassos, como um fato natural da vida de qualquer ser humano. 


 Fonte: Maria José C.Ghanem - Psicologa e Pedagoga 











quarta-feira, 25 de abril de 2012

SOGRA X NORA : POR QUE ESTE RELACIONAMENTO É TÃO COMPLICADO?



O ato de duas pessoas se conhecerem, namorarem e casarem faz parte do desenvolvimento humano. Porém, muitas vezes o casal é composto por duas pessoas que têm enraizadas em si costumes, tradições, valores e rotinas muito diferentes uma da outra, e são justamente essas diferenças as responsáveis pela grande maioria dos problemas de relacionamento e os conflitos familiares.

Alguns casais quando passam a conviver sob o mesmo teto até conseguem estabelecer limites e acordos para que um respeite as idéias e os princípios do outro. O problema é que quando casamos, não casamos apenas com uma pessoa, mas sim com uma família que inclui pai, mãe, irmã, cunhado, cunhada, sogro, sogra e etc.

Culturalmente é sabida a dificuldade que muitas noras e sogras têm de se relacionar. Algumas passam a vida trocando farpas, outras não conseguem conversar e conviver no mesmo lugar e há até algumas que abandonam o relacionamento por conta da interferência constante da sogra na vida do casal.

Entre os principais motivos de intrigas e dificuldades nesse relacionamento, pode-se destacar o fato da nora ver a sogra como rival, a mãe ter a sensação de aquela outra mulher está lhe tirando o filho, a disputa pelo poder sobre aquele homem, a dificuldade em aceitar e conviver com as diferenças de opinião, a necessidade de atenção e o ciúme excessivo.

Família é a coisa mais complexa do mundo e dificuldades de  relacionamento podem vir de qualquer parte, seja sogra/nora, sogro/nora, sogro/sogro, cunhada/nora, e inúmeras outras possibilidades. Cada qual deve saber o seu próprio papel e seus limites, aprendendo a tolerar e a valorizar a felicidade de cada membro da família. Assim, mãe é mãe, esposa é esposa, são amores e relações completamente diferentes, tornando totalmente desnecessárias qualquer tipo de disputa.

Na verdade, todas as mães (e pais) tem que ter a humildade para compreender que os filhos um dia crescerão, sairão de casa e terão sua própria família. É o curso natural da vida e é algo que as sogras complicadas não conseguiram interiorizar. Da parte das noras, se elas também forem dominadoras e possessivas, então realmente esse relacionamento vai ser muito complicado, pois elas estarão sempre disputando a atenção e o amor exclusivo do homem. As noras também podem ser inseguras e excessivamente ciumentas, fazendo de tudo para tornar a convivência insuportável a ponto da sogra se retirar de cena. Nem sempre a “megera” é a sogra!

Mesmo que os pais sejam daqueles que querem manter o filho debaixo das asas e que se intrometem em tudo, é preciso que ele mesmo assuma sua liberdade de escolha, sua independência e passe a viver conforme seus próprios desejos, limitando a interferência familiar, não tomando partidos e deixando bem claro para cada uma o papel delas.

As famílias de origem podem estar por perto, mas devem oferecer um espaço de companheirismo, amor e apoio, sem intrusões e críticas,  onde o novo casal possa construir sua nova vida de forma saudável, baseada na aceitação e no respeito às diferenças. Ou seja, as famílias não precisam se casar entre si, o que se faz necessário é manter o respeito mútuo, de modo que a harmonia prevaleça.

Se mesmo assim a convivência for conturbada, seja entre sogra e nora ou entre quaisquer outros membros da família, vale experimentar a Terapia Familiar, tentando encontrar soluções e respostas para tanta inimizade, podendo até mesmo chegar a acordos que tornam tudo mais harmônico ou pelo menos tolerável.


Fonte: www.amandacarvalho@patriciaesperta.com.br) e Milena Lhamo (terapeuta floral) 

terça-feira, 24 de abril de 2012

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS


Psicossomática é o estudo das relações entre as emoções e os males do corpo, baseia-se na observação de que estresses psicológicos e sócio-culturais podem desempenhar um papel na predisposição, inicio curso e resposta ao tratamento de algumas alterações fisiológicas e distúrbios orgânicos.

A culpa, o medo, a tensão do dia-a-dia, não podem ser medidos, mas podem ser tão patogênicos quanto um vírus.

Doenças psicossomáticas são doenças físicas provocadas por um estado emocional alterado e prolongadas. O corpo faz esforços constantes no sentido de conservar-se em equilíbrio. Se a tensão e outros fatores desequilibrarem a gangorra, o corpo vai buscar uma adaptação através de alterações em sua química, que poderá ser danosa para o resto do organismo, levando ao que se denomina de moléstias de adaptação. A doença pode surgir quando o individuo esta sob tensão, como já dissemos, e algumas das fontes é a alteração externa. Acontecimentos importantes na vida particular, bons ou maus, podem torná-lo vulnerável as doenças. Comoção social, pressões de guerra, tensões no trabalho, ritmo acelerado da vida cotidiana, morte na família, separações, desemprego: Todos esses estados são acompanhados de altos indicies de moléstias. 

Praticamente todas as doenças apresentam componentes emocionais, exceto as manifestações patológicas estritamente hereditárias, como por exemplo, a hemofilia, a anemia falciforme. Também não se colocam entre as moléstias psicossomáticas as causadas por fatores de meio ambiente, intoxicações alimentares, moléstias profissionais (LER) e intoxicações por poluição. Mas é possível, contudo, que mesmo nesses casos, o nível de danos seja aumentado em decorrência da tensão psíquica, já que o estado emocional da vítima frequentemente ajuda a determinar o curso da doença.

Algumas características de personalidades fazem com que as pessoas fiquem sujeitas as doenças psicossomáticas, como por exemplo: 

Amidalite: (inflamação na garganta) Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

Anorexia: Ódio ao extremo de si.

Apendicite: Medo da Vida, bloqueio do fluxo de que é bom.

Artrite Crítica: mantida por muito tempo.

Asma: Sentimento contido, choro reprimido.

Bronquite: Ambiente Familiar inflamado, gritos, discussões.

Câncer: Mágoa profunda, tristeza mantida por muito tempo.

Colesterol: Medo de aceitar a alegria.

Derrame: Resistência, Rejeição a vida.

Diabetes: Tristeza Profunda.

Dor de cabeça: Auto-crítica falta de valorização.

Dor de Joelhos: Medo de Recomeçar, medo de seguir em frente.

Enxaqueca: Raiva deprimida, pessoa perfeccionista.

Frigidez: Medo, negação do prazer.

Gastrite: Incerteza profunda, sensação de condenação.

Hepatite: Raiva, Ódio, Resistência a mudanças.

Insônia: Medo, culpa.

Labirintite: Medo de não estar no controle.

Meningite: Tumulto interior, falta de apoio.

Nódulos: Ressentimento, frustração, Ego ferido.

Pneumonia: Desespero, cansaço da vida.

Pressão Alta: Problema Pessoal duradouro não resolvido.

Pressão Baixa: Falta de amor quando criança

Porque se apresentam alguns sintomas e não outros? Porque o organismo se altera de maneiras diferentes sob a influencia da tensão emocional. 
Os filhos também podem se fixar em sintomas semelhantes ao do pai e da mãe. E também pode existir uma culpa em decorrência de sentimentos relativos aos pais que podem influir na escolha de sintomas. 
São sentimentos reprimidos e que ficam ao nível do inconsciente. Mas a repressão pode enganar a mente, mas não ao corpo, que reage aos processos inconscientes, se expressando por uma linguagem fisiológica para se defender da confusão intima. Por isso a psicoterapia tem sido uma excelente auxiliar no tratamento e prevenção das doenças, pois tem a finalidade de tornar consciente aquilo que tenha sido anteriormente inconsciente, possibilitando ao paciente a solução das dificuldades com o auxilio da mente racional e consciente. O psicólogo procura compreender quais os mecanismos usados pelo paciente que estão prejudicando a sua saúde. Ele vê o paciente como um todo, sabe do efeito negativo das emoções alteradas, nas moléstias do corpo. Procura escutar o paciente, se envolve com os sentimentos dele, o compreendendo e o ajudando.

As pessoas adoecem tanto porque a maioria das perturbações psicossomáticas proporciona á vítima um ganho secundário inconsciente que serve para perpetuar a perturbação. 


Fonte: Tratado de Psiquiatria - Cap. 15 de autoria do Dr. Tray L. ThaompsonI

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A DIFERENÇA DE IDADE NOS RELACIONAMENTOS

Sei que relacionamentos que fogem do convencional por alguma razão, tendem a causar polêmica, comentários e até represálias por parte da família. 

Sei também que os amigos e parentes não têm, em princípio, a intenção de nos ver infelizes ou desiludidos. Antes, querem nos proteger de possíveis desafetos, de situações dolorosas, enfim, de qualquer dissabor.

No entanto, ainda assim, se não nos responsabilizarmos por nossa felicidade, por nossa vida íntima, os conselhos podem mais nos atrofiar em meias-verdades do que nos impulsionar a grandes e certeiras conquistas.

No caso de um amor onde a diferença de idade seja notável, sugiro que levemos em conta bem mais as particularidades invisíveis do que os dados efêmeros como os anos. Almas, corações e sentimentos não seguem o mesmo ritmo que o corpo, a pele e os dias de vivência. 
A diferença de idade entre o homem e a mulher numa relação de namoro é tema polêmico, mas ainda regido por normas instituídas há muitos anos.

O namoro de um homem mais velho com uma mulher mais jovem já se tornou um hábito bastante comum na nossa sociedade, porém uma mulher que quer ter um relacionamento amoroso com um homem bem mais jovem ainda pode enfrentar muitos preconceitos, embora tenhamos que admitir uma diminuição nos últimos tempos.

Falar de maneira hipotética sobre diferença de idade nos relacionamentos amorosos pode parecer algo superado, mas quando se depara na prática com essa realidade nota-se que a sociedade não é assim tão aberta como teoricamente se apresenta, principalmente quando essa diferença é grande e a pessoa mais velha é a mulher.

Ao folhearmos as revistas e jornais, vimos manchetes mostrando casais famosos formados por homens mais jovens e mulheres mais velhas como se isso fosse algo estranho e até imoral, e se o simples namoro de uma celebridade mais velha com um homem mais jovem é suficiente para colocá-los nas capas das revistas imagine o que podem passar os casais ‘simples mortais’ que enfrentam essa realidade.

Se uma mulher decide namorar um homem bem mais jovem ambos devem estar preparados para receber críticas e brincadeiras de mau gosto. Assimilar de forma natural as interferências externas e tocar o namoro sem se preocupar é fundamental para que a relação se fortaleça, é o que ocorre com aqueles casais que realmente estão decididos a desafiar os preconceitos em nome desse amor.

O primeiro repúdio ao namoro costuma surgir no seio da própria família, que supõe saber o que é melhor para seus membros embora nem sempre o que é melhor para eles, seja para o outro. Se um determinado membro da família considera não ser bom se relacionar com uma pessoa muito mais jovem, ele vai pensar que também não deverá ser bom para o outro. É preciso ter paciência com elas, evitando discussões e brigas que não levam a nada, procurando levar a pessoa amada a uma convivência mais próxima para que a conheçam melhor.

Não escolhemos a pessoa nem tampouco a idade dela para nos apaixonar, simplesmente a amamos, é algo um tanto quanto complexo para controlarmos, logo se você ama alguém e é correspondido invista nessa relação se ela a faz feliz, não olhe de lado e entenda que alguns dos que lhe criticam o fazem por estarem presos a velhos hábitos.

Viver de forma diferente daquela a que se está acostumado causa ansiedade e medo. Os relacionamentos amorosos são exceção à regra. Contudo, é necessário ter mais coragem e discutir os valores que são transmitidos sem ser questionados, mas que sempre geram sofrimento. A diferença de idade no namoro é apenas um exemplo dos inúmeros preconceitos que estão arraigados às pessoas, limitando inteiramente a vida.





Fonte: www.parcerto.com.br