sexta-feira, 2 de março de 2012

AUTO MUTILAÇÃO


O tema escolhido é silencioso e se apresenta diante da sociedade e no meio familiar. Pacientes com esse transtorno fere insanamente a si mesmo, com objetivo de aliviar e transpor dor psicológica e seu tormento. A dor física entra sobrepondo a dor psíquica , proporcionando instantes de calma e alívio interno pra quem o pratica. Porém, esse mecanismo é extremamente cruel não só no aspecto físico quanto psíquico, pois a pessoa se auto-destrói.Tende a sentir-se culpada depois do ato e retorna ao seu estado de tormento. O sentimento da dor física entra como um escudo de proteção deslocando os conflitos emocionais.A auto mutilação acaba se tornando um ciclo vicioso, sendo que o sujeito mutilado sente de imediato um alívio e logo volta ao seu estado de ansiedade e raiva de si mesmo e dos outros.
As pessoas que realizam tal ato, não se vangloriam dessas atitudes , apenas não encontram outras alternativas para sobrepor as suas dores, envergonham-se e refugiam-se cada vez mais nessas atitudes, sentem-se excluídas do mundo "normal", não conseguindo pedir ajuda para o alivio de suas dores afetivas. É importante a auto-mutilação não ser confundida com o masoquismo, chantagem emocional e tentativa de suicídio.




Os locais mais comuns para essa prática no corpo são: pulsos, braços,coxas,e pernas, porém , a face , seios e abdômen são locais cortados com menos freqüência.

As características psicológicas marcantes desse indivíduo são :baixa auto-estima associada com intensa auto- desvalorização, hipersensibilidade à rejeição apresentando altos níveis de sentimentos agressivos (especialmente consigo), ira , alta impulsividade, alteração de humor, percepção negativa em relação ao futuro, traços depressivos, ansiedade crônica , irritabilidade freqüente, apresentando ainda recursos internos insuficientes e isolamento.  

Como a se desenvolve?
Embora as causas da automutilação ainda não estejam bem definidas, há evidencias de que fatores neurobiológicos e fatores psicossociais, como características de personalidade mais impulsiva e compulsiva, bem como a história de vida e o ambiente colaboram para o surgimento da automutilação. Os pacientes descrevem o início da automutilação após vivência de forte emoção, como raiva, utilizando este comportamento como forma de lidar com a emoção, um comportamento com características impulsivas. Com o decorrer do tempo, o paciente observa que obtém alivio de sensações ruins e passa a repetir a automutilação com o objetivo de obter alívio novamente. Começa a planejar e, muitas vezes, ritualizar a realização do ferimento. Estes comportamentos podem ser desencadeados por uma vivência traumática ou apenas pela lembrança desta.

Automutilação tem tratamento?
A psicoterapia, nestes casos, tem como um dos objetivos ajudar o paciente a identificar outras formas de lidar com frustrações, que sejam mais eficazes do que seu comportamento. Ainda não há medicação específica indicada para que o paciente pare de se mutilar, entretanto, a medicação pode ser indicada para alívio dos sintomas depressivos e ansiosos que podem colaborar para a manutenção do comportamento. Há também medicações que são usadas para diminuir a impulsividade e que ajudam o paciente a resistir a vontade de se machucar, caso esta apareça.
Nestes casos, o ideal é buscar ajudar com profissionais da área da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.

Tratamento Gratis
Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do IPq- HCFMUSP - Fone: 11 2661.7805 e maiores informações acessem o site: http://amiti.com.br/


Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI19858-15254,00.html
Fonte : Jornal de Hoje de Mato Grosso do Sul, escrita por Adriana Camargo do Nascimento - Psicóloga Clínica- Pesquisadoras das Causas Depressivas -

Um comentário:

  1. Muito legal essa matéria!
    Parabéns pelo blog!!!
    "Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si."
    'A.Senna"

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